O sofrimento lapida a arte
Críticas são sempre bem vindas, afinal gosto de saber se o que escrevo faz algum sentido para alguém em algum momento e em algum lugar.
O tal do “fazer contato” que devo ter escrito em algum outro texto.
Entender se o que penso e escrevo vem apenas através de um exercício de esvaziamento meu, se são provenientes de meus momentos de crise ou talvez por ter dificuldades em me comunicar com as pessoas utilize a escrita como forma de me fazer entender.
Ou de entender o que fato acontece.
Ou de todas estas opções misturadas.
Aproveito pra citar uma frase de José Castello que li em uma das suas inúmeras colunas e que me ajuda a estruturar este texto:
“O sofrimento lapida a arte.”
E é a mais pura verdade.
Não sei se o que faço é arte (quem pode definir arte?), porém quando os sentimentos tomam conta de algum ato nosso acredito que seja prioritário deixá-lo livre, correr solto para que alcance altura que nenhum tipo de regra ou mesmo obrigatoriedade a levaria.
Sem regras.
Alguns hoje chamam isso de atingir o flow ou o estado mental em que o indivíduo está totalmente imerso na sua atividade.
E isso eu aprendi na porrada.
Na tentativa e no erro. Tá, eu sei, mais em erros que em acertos.
Já temos tantas regras, senhas e procedimentos a seguir todo dia.
A todo o momento temos algo a seguir, a dar satisfações e seguir noções preconcebidas por alguém que nem conhecemos que pelo menos enquanto escrevo me dou ao prazer de não seguir nenhuma.
Não mesmo.
E não me importa se é soneto, redondilha, decassílabo ou qualquer outro modelo que tenha aprendido na faculdade.
Sigo o caminho das formas que der na telha.
Errada ou não, um dia talvez sinta necessidade de me “corrigir”.
Hoje não. Não aqui ao menos.
Pratico um naco de liberdade na escrita.
Pelo menos aqui.
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Não acreditamos que a dor e/ou o sofrer ensinem qualquer coisa rsrsrs Dor dói. Sofrer é ruim. Não ensinamentos. Seria o mesmo que dizer que se ensina batendo em uma criança. Provocação feita rsrsrs
Muito bom! Como diria Clarice sobre o escrever: "É a minha dívida de alegria a um mundo que não me é fácil." Abraço.